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Em Recife, crise de ansiedade atinge 26 alunos e acende alerta sobre saúde mental dos jovens no pós-pandemia
13 de abril de 2022Recentemente, 26 adolescentes precisaram ser socorridos em uma escola estadual de Recife (PE), devido a uma crise coletiva de ansiedade. Falta de ar, tremores, choro intenso e sensação de morte foram alguns dos sintomas relatados pelos estudantes; sinais muito comuns em episódios como esse.
E o que isso nos diz sobre a saúde mental dos jovens nessa volta “à normalidade”?
Claro que esse ataque de pânico generalizado deve ser avaliado de perto e os alunos acompanhados psicologicamente para entender melhor o que desencadeou a crise ansiosa, mas é um alerta de que o período longo de pandemia e quarentena pode ter deixado um legado de adoecimento mental/vulnerabilidade emocional.
Por muito tempo, crianças e adolescentes tiveram que estudar remotamente, ficaram confinados, estiveram longe do cotidiano da escola, sem o convívio com os amigos, sem muita recreação, com rompimento drástico da sua rotina e, ainda, usando excessivamente as telas, sobretudo o celular. Se, para os adultos, esse contexto pandêmico já foi algo extremamente difícil de lidar e processar, até mesmo danoso, imagina para jovens em desenvolvimento...
O próprio Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou que o impacto da covid-19 na saúde mental de crianças e adolescentes é significativo. Então, nessa volta à rotina escolar, atenção, por exemplo, a dificuldades na aprendizagem e na interação com os colegas, inquietação constante, angústia frequente, mudanças bruscas no comportamento, alterações do apetite e do sono, ou qualquer outro sinal incomum.
Apesar de ser algo muito esperado, esse retorno ao colégio é delicado e pode trazer à tona problemas emocionais importantes. Por isso, pais, professores e familiares precisam estar muito atentos, vigilantes, para dar o apoio adequado e buscar a ajuda especializada, se preciso.
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