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Crianças e adolescentes podem estar mais propensos a desenvolver depressão e ansiedade durante e após a pandemia
27 de maio de 2021Os jovens estão mais propensos a altas taxas de depressão e ansiedade durante e depois da pandemia, mais precisamente, levando em conta o isolamento social.
É o que alerta o artigo “The Impact of Social Isolation and Loneliness on the Mental Health of Children and Adolescents in the Context of COVID-19” (em português, “O Impacto do Isolamento Social e da Solidão na Saúde Mental de Crianças e Adolescentes no Contexto da Covid-19”).
Tendo em vista as medidas essenciais como o fechamento que foi feito das escolas, por exemplo, e o confinamento em casa, a pesquisa aponta que esse distanciamento, apesar de extremamente necessário, pode ter como resultado um aumento da solidão em crianças e adolescentes, devido a esse contato social e físico restrito.
De acordo com a análise, embora o isolamento social não seja necessariamente sinônimo de solidão, as primeiras indicações no contexto da Covid-19 indicam que mais de um terço dos adolescentes se sente solitário.
O estudo encontrou, inclusive, uma associação significativa entre a solidão e desequilíbrios emocionais em crianças e adolescentes. Ela foi relacionada a futuros problemas de saúde mental até nove anos depois. A associação mais forte foi com a depressão.
Então, é vital, sobretudo neste cenário e depois, atenção ao estado emocional dos jovens.
- Manter um diálogo aberto e cuidadoso em casa, inclusive sobre a pandemia, faz a diferença;
- Ao mesmo tempo, é preciso dosar o excesso de informação que chega aos pequenos, ele pode favorecer a ansiedade;
- O contato frequente com amigos e familiares, ainda que seja pelos meios virtuais, deve ser sempre estimulado;
- Exercício físico e hobbies são importantes;
- Ficar atento às mudanças no comportamento da criança e do adolescente, e buscar ajuda profissional, se preciso, é essencial.
Irritação intensa, cansaço incomum, dificuldades para se concentrar, apatia, desinteresse pelas atividades e choro frequente são alguns dos sinais de alerta.
Diante de tudo isso que está acontecendo, é primordial que haja um acolhimento familiar e, quando necessário, também o suporte especializado. Só assim é possível evitar ou mesmo detectar/tratar problemas emocionais!